«A Cristo, nós O adoramos, porque Ele é o Filho de Deus;
quanto aos mártires, nós os amamos como a discípulos e imitadores do Senhor;
e isso é justo, por causa da sua devoção incomparável para com o seu
Rei e Mestre.
Assim nós possamos também ser seus companheiros e condiscípulos!».
É com estas palavras que se define o culto cristão aos Santos e que foram usadas pelo bispo Policarpo de Esmirna no século II.
De facto, e apesar das aparências e dos sinais confusos que, por vezes, os cristãos transmitem com os seus gestos, nunca a Igreja Católica confundiu o princípio máximo do monoteísmo “só Deus é Santo” (que repetimos em todas as celebrações eucarísticas com o hino Sanctus) com a pressão das divinizações mal amanhadas que a ignorância
e má intenção de todos os tempos vão exigindo.
Nós amamos os santos como discípulos e imitadores do Senhor, isto é, como irmãos mais velhos que seguiram e provaram com as suas vidas a verdade de Jesus Cristo. Podemos admirar as suas características excepcionais, as suas qualidades humanas, a profunda sedução que exercem em nós. Mas a admiração não faz o culto. Isso só é próprio do Amor.
Na Solenidade de Todos os Santos, a Igreja Peregrina recorda com o Amor que recebe da Trindade todos aqueles que agora pertencem à Glória da Jerusalém do Céu. De alguns sabemos o nome e a história, de outros nem isso… mas nenhum deles deixa de, como irmãos mais velhos, apresentar ao pai a sua oração de glória e o seu pedido pelos irmãos
mais novos que ainda trilham os percursos dos tempos.
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