
[Este é o quarto e último artigo do Padre Manuel Martins, que republicamos, na celebração dos 25 anos da dedicação da nossa igreja paroquial. Publicação original a 20 de outubro de 1996]
Vivemos numa sociedade em constante mutação. O êxodo para os centros urbanos é inevitável. Os Planos Directores das Câmaras Municipais foram ultrapassados pela avalanche migratória. A Igreja atenta e sensível também aos problemas sociais, tem colaborado voluntariamente com as Entidades Governativas. Viu a urgência de dar resposta aos anseios das pessoas. Criou espaços de convívio e acolhimento para Idosos, – construiu para eles um Centro de Dia e Lar -; pensou nas famílias que trabalham e ofereceu-lhes Jardim de Infância e A.T.L. para as crianças; para os jovens que demandam os caminhos da vida, mostra-lhes ideais nobres e sublimes. Deu-lhes ocupações úteis. Para eles construiu a Escola de Música e organizou outras actividades para os ocupar e prevenir da marginalidade social. E para aqueles que são cristãos construiu também uma Igreja. Nela todos podem encontrar paz e acolhimento nos braços do Pai Nosso, o Pai que a todos ama com Amor infinito e misericordioso e não faz acepção de pessoas.
Padre Manuel Martins (20-10-1996)
Graças ao Sr. Padre Manuel Martins, temos hoje um complexo com multi funções que são muito do que Linda a Vela necessitava
Foi ele o grande mentor/obreiro a querer fazer uma obra de tanto valor para a terra.
Pensou no lar, porque tal como ele falou numa missa a a que assisti, estava farto de dar chapas de zinco ara tapar velhos…ouvi e nunca mais esqueci.
Pensou numa nova igreja, porque se não tivesse sido ele, ainda hoje estávamos na Av. D. Pedro V na cave de um prédio, porque dúvido que tivesse posteriormente alguém que se metesse numa obra como a dele.
Pensou na Escola de Música que tanta gente hoje a frequenta e porque quis dar uma oportunidade em especial aos jovens, para terem perto de suas casas o que de outra maneira talvez não conseguissem.
Esta foi uma obra muito grande a que o Sr. Padre Manuel Martins idealizou e levou a bom porto.
Tenho um enorme respeito por este Senhor que foi capaz de fazer em conjunto com muitos paroquianos que foram sempre ajudando conforme as suas posses e dando-lhe alento a seguir em frente.
Tenho pena que ele tenha saído da nossa paróquia, quase empurrado, por pessoas que não gostavam dele, porque com ele não podiam meter a mão onde não podiam.
Foi para o Funchal onde vive pobremente, mas certamente livre.
Que Deus o proteja.
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