Missão é Oração

Igreja de Camacupa, Angola, onde fui baptizado

A oração é a alma da Missão. Na sua vida de todos os dias, o missionário que exerce a sua função em terras de missão, integrado numa Missão, concilia perfeita a vida activa e a vida contemplativa. Trabalhar e rezar foi um pensamento e uma orientação deixada por S. Bento, nas suas regras de vida monástica e muito bem é aplicada e muito bem à vida do missionário.  
Na parte final da sua mensagem para este ano sobre o Dia Mundial das Missões, o Papa Francisco dá uma pincelada sobre a importância da oração, cito_ «E a oração, na qual Deus toca e move o nosso coração, abre-nos às carências de amor, dignidade e liberdade dos nossos irmãos …» Normalmente as populações acorriam em mas
sa para participar nas celebrações, quer da Eucaristia, como da vida sacramental.  A vida contemplativa também se enquadra bem na vida da Missão. Foi na terra de Missão, que conheci dois conventos de vida contemplativa (monges e monjas), que seguiam as regras de clausura e silêncio, no cumprimento exacto das normas monástica.-.Tive a oportunidade de viver algum tempo a vida monástica e o seu regulamento… A Santa Missa era celebrada às cinco e meia da madrugada e o povo das aldeias vizinhas acorria para estar presente na celebração, fora da clausura. 

Palavras do Papa Francisco:

«A compreensão daquilo que Deus nos está a dizer nestes tempos de pandemia torna-se um desafio também para a missão da Igreja. Desafia-nos a doença, a tribulação, o medo, o isolamento. Interpela-nos a pobreza de quem morre sozinho, de quem está abandonado a si mesmo, de quem perde o emprego e o salário, de quem não tem abrigo e comida. Obrigados à distância física e a permanecer em casa, somos convidados a redescobrir que precisamos das relações sociais e também da relação comunitária com Deus. Longe de aumentar a desconfiança e a indiferença, esta condição deveria tornar-nos mais atentos à nossa maneira de nos relacionarmos com os outros. E a oração, na qual Deus toca e move o nosso coração, abre-nos às carências de amor, dignidade e liberdade dos nossos irmãos, bem como ao cuidado por toda a criação. A impossibilidade de nos reunirmos como Igreja para celebrar a Eucaristia fez-nos partilhar a condição de muitas comunidades cristãs que não podem celebrar a Missa todos os domingos. Neste contexto, é-nos dirigida novamente a pergunta de Deus – «quem enviarei?» – e aguarda, de nós, uma resposta generosa e convicta: «Eis-me aqui, envia-me» (Is 6, 8). Deus continua a procurar pessoas para enviar ao mundo e às nações, a fim de testemunhar o seu amor, a sua salvação do pecado e da morte, a sua libertação do mal (cf. Mt 9, 35-38; Lc 10, 1-11).

Celebrar o Dia Mundial das Missões significa também reiterar que a oração, a reflexão e a ajuda material das vossas ofertas são oportunidades para participar ativamente na missão de Jesus na sua Igreja. A caridade manifestada nas coletas das celebrações litúrgicas do terceiro domingo de outubro tem por objetivo sustentar o trabalho missionário, realizado em meu nome pelas Obras Missionárias Pontifícias, que acodem às necessidades espirituais e materiais dos povos e das Igrejas de todo o mundo para a salvação de todos.

A Santíssima Virgem Maria, Estrela da Evangelização e Consoladora dos Aflitos, discípula missionária do seu Filho Jesus, continue a amparar-nos e a interceder por nós.

Roma, em São João de Latrão, na Solenidade de Pentecostes, 31 de maio de 2020.

Francisco  

Diácono António Figueiredo

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