Joana Brígida
Jovem português interrompe curso de Direito para ajudar em campos de refugiados na Bósnia
Um jovem português interrompeu o curso de Direito na Universidade de Lisboa para fazer voluntariado num campo de refugiados em Sarajevo, a capital da Bósnia e Herzegovina. Este campo está dividido em dois, um que recebe homens que não tenham família e outro destinado a receber famílias e crianças. Na maioria, estes refugiados vêm do Paquistão, Marrocos e Líbia e de países da Ásia Central e do Médio Oriente.
Salvador Vital tem 19 anos e é um dos voluntários de uma associação não governamental, criada á três anos, que também está presente na Sérvia e em França. Antes da pandemia, a equipa tinha mais de 11 pessoas a trabalhar nestes campos, agora são apenas quatro, dois portugueses, uma brasileira e uma inglesa.
Salvador decidiu ajudar num local onde vivem cerca de três mil pessoas, mas que tem capacidade para menos de metade e onde são vários os relatos de traumas e episódios de violência. Diz, que muitas destas pessoas preferem estar na rua ou em casas abandonadas do que ir para estes campos, mas desde que foi decretado estado de emergência, devido à pandemia, o Ministério de Segurança da Bósnia decidiu que seria obrigatório para todos os refugiados irem para os campos. Por isso, muitas das condições dos campos não estão preparadas para receber grandes quantidades de refugiados e muitas das ajudas estão a ser usadas no combate ao Covid-19.
Embora sem saber quando regressa a Portugal, mantem-se tranquilo e pensa que, ao menos, a sua ajuda está a fazer a diferença, sempre na esperança de poder viajar em Junho ou Julho, quando os aeroportos abrirem.
Paróquia de Linda-a-Velha 
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