Joynal nº 12 (24.5.2020)

Irmã Marta Mendes

artigo preparado por:
Ana Serra

Irmã Marta Mendes

Marta Patrícia Marques Mendes, religiosa da aliança de Santa Maria, faleceu dia 17 de Maio com apenas 35 anos na sequência de uma hemorragia cerebral, durante a celebração eucarística em Fátima, enquanto lia um texto da sua autoria que terminava com a frase: “Arrasta-me atrás de ti. Corramos! Faz-me entrar ó rei nos teus aposentos” (Ct 1,4).

Nasceu em Guimarães a 29 de outubro de 1984 e desde o dia 1 de janeiro de 2006 que fazia parte da Congregação da Aliança de Santa Maria, tendo professado os seus votos perpétuos no dia 21 de novembro de 2015, em Fátima. Estudou Ciências Religiosas na Universidade Católica Portuguesa e atualmente estava a terminar o mestrado em Discernimento Vocacional e Acompanhamento Espiritual na Escola de Formadores de Salamanca.

A maior parte do seu serviço à Igreja foi orientado para o trabalho pastoral juvenil e vocacional da sua Congregação e das dioceses onde residiu (Aveiro, Lisboa, Leiria-Fátima). Em Estarreja lecionou a disciplina de EMRC, no Agrupamento de Escolas de Pardilhó e foi responsável pela Equipa da Pastoral Vocacional e Juvenil da Congregação (Pastoral IGNIS). Deu catequese na Paróquia de Beduído e colaborou com a pastoral juvenil arciprestal. Integrou também a equipa de coordenação do “inter-noviciados” da Diocese de Leiria-Fátima. Atualmente era a Mestra de Noviças, acompanhando e formando jovens para a profissão religiosa, e fazia parte do Governo Geral da Aliança de Santa Maria.

“Damos graças a Deus pelo dom que a irmã Marta foi para a sua família, para a nossa Congregação, para a igreja e para tantos e tantas que com elas se cruzaram e foram tocados pela sua vida. Estamos certas de que o testemunho do seu amor a Deus, o Amado do seu coração, continuará a iluminar a nossa caminhada de fé”, testemunham as irmãs da Aliança de Santa Maria.

Em seguida encontram-se algumas palavras ditas pela irmã Marta numa entrevista à “Folha do Domingo”:

“Quando senti o chamamento de Nosso Senhor era verdadeiramente um tormento! Primeiro porque eu não queria e depois porque não me largava! Era muito esta questão de eu não conseguir negar aquilo que me estava a acontecer”,

“Tudo começa quando eu percebo que Deus me trespassa com o seu amor, quando eu já não posso negar que esse Deus, que me toca, faz-me parar e me atormenta com o desejo de avançar e seguir caminhos desconhecidos. Tudo começa com a disposição para responder a uma voz que me preenche, mesmo sem que eu a conheça completamente. Amar a voz que me interpela, o Deus que me chama, é sem dúvida assumir o risco de me perder, é o risco de abrir mão da tentação de posse e do controlo da minha própria história. É confiar”

Esta semana rezemos pela irmã Marta Mendes que partiu e que sejamos inspirados pela sua fé e pela forma completa como ela se entregou a Deus.

Ana Serra

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