CRISTOS RESSUSCITADOS

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Reflexão à Liturgia da Palavra no Domingo da Ressurreição do Senhor Ano B

Cristo, nossa Páscoa, ressuscitou, aleluia!
Ressuscitamos todos com Cristo, aleluia!
É a nossa Páscoa que hoje se celebra, completando em nós o que falta à Sua Ressurreição. Do túmulo de Jesus Cristo saiu a vida nova, o homem novo, à imagem do seu Corpo glorioso. A vida cristã é Páscoa permanente, êxodo constante, em passagem dolorosa da morte à vida. Revive em nós o mistério pascal e cada e cada um leva em si os sinais reconhecíveis da vida nova. A nossa Páscoa é Jesus Cristo, o fermento novo que nos faz crescer.
Mas ressuscitar exige condições. É preciso viver enxertados em Jesus Cristo e formar com Ele um só corpo, para partilharmos com Ele da mesma sorte e da mesma vida. Só morrendo com Jesus Cristo viveremos com Ele. Se eu quiser ser de Jesus Cristo tenho de sofrer para entrar na minha glória. No sofrimento e na luta, em cansaços e contradições, vamos celebrar ao deserto a Páscoa de todos os dias.
Celebramos o Domingo de Páscoa, a Ressurreição do Senhor, depois de uma longa preparação de Quarenta dias, a Quaresma, na qual meditamos os principais mistérios da nossa fé. Toda a preparação foi encaminhada para que pudéssemos renovar solenemente, na Vigília da noite santa, a nossa aliança baptismal.
Hoje desejamos às pessoas da família e a todos os que encontramos no nosso caminho, uma feliz e santa Páscoa. Vale a pena perguntar: que felicidade desejo para os outros e para mim? Não esqueçamos que a felicidade verdadeira não é a embriaguez dos sentidos, mas a intimidade com Deus neste caminhar para o Céu.
Na manhã de Pentecostes, S. Pedro fala à multidão que se reuniu junto do Cenáculo e dá um vibrante testemunho sobre a divindade e ressurreição de Jesus. Não há verdadeira salvação, a não ser em Jesus Cristo, ressuscitado dos mortos. A primeira leitura e do Livro dos Actos dos Apóstolos 10, 34a.37-43.
O Salmo que o Espírito Santo nos convida a entoar é um cântico de acção de graças pela Ressurreição gloriosa de Jesus Cristo. Que as palavras passem pelo nosso coração agradecido, antes de soarem na nossa garganta e saírem pela boca. “Este é o Dia que o Senhor fez; exultemos e cantemos de alegria”, é o refrão do salmo 117 (118), 12.16ab-17-23, que a Liturgia propõe para Salmo Responsorial.
S. Paulo, na Carta que escreve aos fiéis da Igreja de Colossos, lembra-nos que o facto de termos ressuscitado com Cristo exige que levemos uma vida nova, cheia de amor e generosidade. A Segunda leitura é da Epístola de S. Paulo aos Colossenses 3, 1-4.
A santa Igreja do mundo inteiro vive neste dia de Páscoa, uma alegria extraordinária, pela vitória de Jesus Cristo sobre a morte. A passagem evangélica a ser proclamada é do Evangelho segundo S. João 20, 1-9.
Mas ressuscitar exige condições. É preciso viver enxertados em Jesus Cristo e formar com Ele um só corpo, para partilharmos com Ele da mesma sorte e da mesma vida. Só morrendo com Jesus Cristo viveremos com Ele. Se eu quiser ser de Jesus Cristo, tenho de sofrer para entrar na minha glória. No sofrimento e na luta, em cansaços e contradições aos celebrar ao deserto a Páscoa de todos os dias.
A Páscoa é a forma da vida cristã. Pelo Baptismo, sacramento da ressurreição, renascemos do pecado para a vida da graça, pondo de lado as ataduras e limitações do homem velho. Ser cristão é levar nas obras e na vida o testemunho de Jesus Cristo ressuscitado. A essência do Evangelho, a Boa nova, consiste em ir dizer aos irmãos que Jesus Cristo ressuscitou.
Mas o Cristo pascal somos nós, alvoraçando o mundo com o rumor insistente de túmulos vazios e mudanças radicais. Queremos ser entre as pessoas, homens e mulheres, a aparição irrecusável de outros valores, que dão à vida um sabor novo e rosto diferente. Num mundo em pânico, levado à deriva de incertezas, os Cristos ressuscitados proclamam a ordem nova , onde tudo se integra e clarifica e ate os absurdos libertam. Quando o cristão sai à rua é sempre manhã de Páscoa.
A Páscoa é o fundamento da nossa fé. A ressurreição era o grande sinal, a prova que todos esperavam. “Se Cristo não ressuscitou é vazia a vossa fé e a nossa pregação (1.ª Coríntios 15,14). Páscoa é mistério da fé, porque só na fé se compreende Jesus Cristo ressuscitado. Como os Apóstolos, também nós somos lentos para acreditar,. Tropeçamos no escândalo da cruz e duvidamos sempre.
Páscoa é mistério de amor. Tudo arde. A morte e ressurreição de Jesus Cristo foi a maior prova de amor, a perfeita doação. Ressuscitou para que nós ressuscitássemos. Éramos nós que tínhamos necessidade de ressuscitar e não Ele. Tudo são pressas de amor em Jesus Cristo ressuscitado. Tudo acontece a correr naquele dia de Páscoa. Corre Jesus Cristo a consolar Sua Mãe e Seus amigos; correm Pedro e João ao sepulcro; correm as mulheres e os discípulos de Emaús. O Amor levantou-se de manhãzinha; a grande impaciência é amar.
Nesta vivência pascal, deixemos que o coração arda na pressa de ir dizer aos outros. Quando nos abrimos aos irmãos é que o Senhor nos aparece.
A Igreja felicita Maria neste tempo, pela ressurreição de Seu Filho. Que Ela nos encha de alegria pascal, para celebrar com mais fé e entusiasmo a Sua presença viva na Eucaristia.


Diácono António Figueiredo